quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ESTAÇÃO DAS ARTES ELIZEU VENTANIA - MOSSORÓ

INAUGURADA NO DIA 24 DE SETEMBRO DE 1999, PELA ENTÃO PREFEITA ROSALBA CIARLINI ROSADO, EM HOMENAGEM A ELIZEU ELIAS DA SILVA, CONHECIDO POR ELIZEU VENTANIA, PROJETO DO VEREADOR JÓRIO NOGUEIRA

ESTATUA DE ELIZEU VENTANIA

ELIZEU ELIAS DA SILVA, CONHECIDO POR ELIZEU VENTANIA,

ELIZEU ELIAS DA SILVA, ELIZEU VENTANIA

Elizeu Elias da Silva, o Elizeu Ventania, nasceu em 20 de julho de 1924 no Sítio Jacu, município de Martins-RN. Desde criança se identificou com a música e aos 18 anos percebendo sua vocação, decidiu fazer da cantoria o seu ganha-pão, influenciado por outros violeiros. De início, pensou em se chamar Elizeu Serrania para homenagear a cidade de Martins, mas descobriu que já havia artista com o mesmo nome e então, optou por Ventania. Aos 18 anos seguiu para Fortaleza onde, com a convivência com outros violeiros se aprimorou na arte da cantoria e iniciou sua trajetória artística.
      Durante anos, viveu apenas das canções, do repente e da viola, viajou todo o
Nordeste, Norte e Sul do País fazendo cantorias e com outros cantadores, entre eles João Liberalino com quem formou uma das mais famosas duplas de toda a região.
      Juntos eles foram para o rádio com o programa Rimas e Violeiros, sucesso por mais de vinte anos e companheiro com quem gravou o LP O Nascimento de Jesus em 1972. Mas este não foi o primeiro LP. Elizeu fez ainda o LP 'Canções de Amor', em 1971, e o terceiro e último disco 'Chorando ao Pé da Cruz', em 1979, sendo este último pela Continental vendendo 40 mil cópias.
Apesar de ser analfabeto, isso nunca o atrapalhou. Ele costumava declamar os seus versos até decorá-los. Depois com o uso de um gravador, as letras eram transcritas por amigos e familiares.
      Com os anos, seu trabalho foi ficando mais difícil.
Aos 60 anos ficou cego vitimado pela catarata irremediável diante da falta de condições de pagar um caro tratamento.
Nos seus últimos anos de vida, Elizeu era figura urbana, conhecido por sua
banca ao lado do mercado público central, onde cantava as músicas e endia
fitas cassete com as gravações. Ele calculava ter vendido mais de 100 mil fitas cassetes.
       Pouco tempo depois, nos últimos dois anos de vida, Elizeu Ventania já não
estava mais gravando e vivia da ajuda financeira dos filhos.
Nessa época o cancioneiro já não vivia mais com a mulher legítima, Francisca Limeira Sales, há mais de quinze anos. Toda a doença foi acompanhada de perto por sua companheira Benedita Neuma Sena, com quem conviveu maritalmente os últimos vinte anos de vida. O cancioneiro teve ao todo oito filhos.
      Em 19 de outubro de 1998 ele faleceu após uma parada cardiovascular no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), oriundo de um enfisema ulmonar e depois de quinze dias de internação na UTI. Deixou mais de 200 composições inéditas e uma trajetória a ser recordada pelos cantadores de toda a região

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